terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Eu vi - Simplesmente feliz

Nome original: Happy-Go-Lucky
Direção: Mike Leigh
Gênero: Comédia
Ano: 2008
Duração: 118 min
País: Reino Unido

O filme conta a história de Poppy, uma professora primária que é... simplesmente feliz. Otimista ao extremo, Poppy vê a vida somente pelo lado bom (quando, por exemplo, tem sua bicicleta roubada ou quando dá um jeito nas costas) e em tom de brincadeira, o que faz com que as vezes seja até um pouco chatinha e infantil. Seu tom de voz e maneira de falar lembram muitas vezes uma criança, daquelas bem caricatas na infantilidade.
O começo do filme não é muito bom, um tanto cansativo, me deu um pouco de sono. Mas quis insistir, afinal o filme foi um presente e segundo o presenteador a personagem principal o fez lembrar de mim. 

Valeu a pena insistir, o filme ganha um outro ritmo e engrena em uma boa história. Para contrabalancear a meiguice extrema de Poppy, há Scott, o professor de auto-escola da personagem, uma criatura preconceituosa, estranha, impaciente e que dá até medo em vários momentos. Enquanto Poppy é uma professora gentil e preocupada com seus alunos, Scott é um professor sem paciência e que só se importa com o fato de se o aluno vai ou não ser aprovado no exame de direção.
Além de otimista, Poppy também é uma pessoa que gosta de viver o agora, sem pensar demais no futuro. Bem diferente de sua irmã Helen que é um pouco neurótica com controle.
O filme vai se desenrolando nesses opostos, mas também em similaridades. Poppy e sua roommate, Zoe, são muito parecidas, ambas são professoras primárias que preferem viver o agora sem muitas preocupações com o futuro, além de gostarem de beber. O assistente social que se envolve com Poppy também é bem parecido com ela nas brincadeiras e otimismo.
No fim das contas, achei que o filme passa uma mensagem bonita de otimismo. Poppy é um pouco exagerada, não acho que muitas pessoas sejam verdadeiramente como ela (e nem sei se teria paciência para alguém assim), mas a mensagem que ela passa me fez pensar que o otimismo não é ser cego diante de situações complicadas, mas sim encarar os problemas da maneira mais alegre possível. Fiquei até lisonjeada de ser comparada com Poppy (mesmo que tenha achado que seja pelo fato de gostar de bebida).

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