Nessa tag pretendo colocar livros que li e que considero dignos de minha atenção. A ideia é fazer um pequeno resumo com um pouco da minha humilde opinião sobre a leitura.
Pra começar: O Diário de Anne Frank
Ignorem o estado pouco conservado do meu livro. É que ele andou muito na bolsa. (Foto: Fernanda Turino) |
Páginas: 237
Editora: Best Bolso
Acredito que há poucas pessoas que não tenham lido esse livro (menos ainda que não o conheçam). Eu mesma já tinha lido na oitava série, mas resolvi que valia a pena ler de novo.
Realmente valeu. É aquele velho papo, estou com outra cabeça hoje em dia e outra visão de mundo. Acho que dessa vez o livro mexeu um pouco mais comigo. Talvez o fato de eu ter ido no Casa de Anne Frank e visto como ela realmente viveu tenha deixado a experiência mais viva.
O anexo secreto, hoje em dia, não tem mais quase nada dos móveis e
utensílios eles usavam durante os mais de dois anos que viveram por lá. Mas isso não tira a atmosfera do local, era um lugar apertado e escuro, não vou dizer que eram condições sub-humanas, porque não eram, mas digo que a experiência de viver ali por tanto tempo, deve ter sido extremamente agoniante.
Mas voltando ao livro. O diário de Anne que começa no dia 12 de junho de 1942 e tem a última mensagem no dia 1 de agosto de 1944 (eles foram descobertos e presos apenas 3 dias depois, em 4 de agosto de 1944). Nele, ela relata o cotidiano de 8 judeus vivendo no anexo secreto, eram eles seus pais Otto e Edith Frank e sua irmã Margot, os primeiros a chegar no local. Dias depois chegaram os Van Pels, retratados no diário como Van Daans, eram eles o casal Petronella e Hans (nomes verdadeiros Auguste e Hermann) e o filho Peter. Alguns meses mais tarde junta-se a eles o dentista Albert Dussel (de nome real Fritz Pfeiffer).
Estátua em homenagem a Anne Frank em Amsterdam, em frente à casa em que ela viveu escondida. (Foto: Fernanda Turino) |
Mas voltando ao livro. O diário de Anne que começa no dia 12 de junho de 1942 e tem a última mensagem no dia 1 de agosto de 1944 (eles foram descobertos e presos apenas 3 dias depois, em 4 de agosto de 1944). Nele, ela relata o cotidiano de 8 judeus vivendo no anexo secreto, eram eles seus pais Otto e Edith Frank e sua irmã Margot, os primeiros a chegar no local. Dias depois chegaram os Van Pels, retratados no diário como Van Daans, eram eles o casal Petronella e Hans (nomes verdadeiros Auguste e Hermann) e o filho Peter. Alguns meses mais tarde junta-se a eles o dentista Albert Dussel (de nome real Fritz Pfeiffer).
Apesar de ter uma atitude positiva na maioria das suas cartas para "Kitty", como chamava seu o diário, Anne consegue passar uma ideia bastante realista do que era estar vivendo privada de liberdade. Viver no anexo secreto não era bom, mas também não era péssimo. O tempo todo ela lembra que era melhor estar ali do que nos campos de concentração. Ela se descreve em muitas passagens como uma grande injustiçada e que ninguém no anexo a compreendia. Por vezes, eu via isso apenas como uma crise de rebeldia de uma adolescente, mas também tentava entender como deve ter sido passar os confusos anos da adolescência presa e durante a guerra.
Anne escrevia muito bem, lembro que quando li o livro pela primeira vez, com 14 anos, idade de Anne no início do diário, achava pouco provável que uma adolescente escrevesse daquela forma. Então, não é difícil nos colocarmos no lugar dela e tentar imaginar o que era viver escondida e constantemente com medo. Do meu ponto de vista, devia ser aterrorizante, especialmente pelo fato de que podiam ser descobertos e levados aos campos de trabalho forçado.
A leitura nos vai mostrando uma Anne cada vez mais diferente e, talvez, madura, mas que ao mesmo tempo não consegue se entender com a mãe. É comovente ver sua necessidade de ter um amigo que a compreendesse o que ela encontra em Peter.
O diário de Anne não tem um fim. Mas sabemos como termina essa história. Todos são capturados (até hoje não se sabe quem os entregou) e enviados a campos de trabalho forçados. O único sobrevivente dos oito foi Otto Frank que, ao voltar a Amsterdam, encontra Miep (uma das pessoas que os ajudaram quando estavam escondidos) que havia guardado o diário. Anos mais tarde ele decide publicar os escritos de sua filha. As primeiras edições não mostravam tudo que Anne havia escrito no diário, o pai escolheu suprimir algumas partes por considerar inadequadas (problemas com a mãe e a descoberta da sexualidade de Anne). A versão que li é a completa que Otto acabou decidindo por publicar. É uma leitura que, sem dúvida, indico. Sem contar que a versão da Best Bolso é bem barata,s e não me engano paguei 15 reais.
O diário de Anne não tem um fim. Mas sabemos como termina essa história. Todos são capturados (até hoje não se sabe quem os entregou) e enviados a campos de trabalho forçados. O único sobrevivente dos oito foi Otto Frank que, ao voltar a Amsterdam, encontra Miep (uma das pessoas que os ajudaram quando estavam escondidos) que havia guardado o diário. Anos mais tarde ele decide publicar os escritos de sua filha. As primeiras edições não mostravam tudo que Anne havia escrito no diário, o pai escolheu suprimir algumas partes por considerar inadequadas (problemas com a mãe e a descoberta da sexualidade de Anne). A versão que li é a completa que Otto acabou decidindo por publicar. É uma leitura que, sem dúvida, indico. Sem contar que a versão da Best Bolso é bem barata,s e não me engano paguei 15 reais.
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