Autor: Antonio Prata
Editora: Companhia das Letras
Número de páginas: 144
Ano: 2013
Quando me indicaram esse livro (com muitos elogios) resolvi pesquisar mais sobre ele. Uma das coisas mais faladas é: se você viveu sua infância nos anos 80, precisa ler esse livro. Eu nasci nos anos 80, mas minha infância que sou capaz de lembrar foi toda na década de 90 e, apesar de ter vivido situações diferentes das do Prata, a maneira de ver o mundo era muito parecida.
Nu, de botas traz as memórias de Antonio Prata de uns 5 até mais ou menos uns 10 anos de uma maneira divertidíssima que mistura o olhar de uma criança e o vocabulário de um um adulto. Mas não espere um adulto contando suas memórias, temos a impressão de que Prata volta no passado para nos contar a história da maneira como ele a viveu, ou seja, do modo bem peculiar como as crianças encaram o mundo e suas verdades. Mesmo que use palavras típicas de um adulto, o autor usa os trejeitos infantis para nos contar causos da sua infância, com destaque para os exageros comuns aos pequenos.
O resultado é sensacional, gostoso de ler e engraçadíssimo. Dei muitas risadas altas enquanto lia (situação engraçada no ônibus lotado). Uma das histórias é parecida com uma que vivi, quando me escondi da minha mãe e ela não conseguia me encontrar, lembro dela brigando comigo por eu ter feito aquilo, enquanto eu estava super orgulhosa de ter ganhado dela no esconde-esconde.
Além disso, tem muitas dúvidas que eram as mesmas que a minhas, assim como os medos. Lembro de, como Prata, não gostar de ir para um lugar que "ia ser cheio de crianças da minha idade", achava essa situação assustadora, não tinha muito traquejo social no alto dos meus 7 ou 8 anos de idade.
Apesar de ter situações típicas dos anos 80, como andar no carro sem cinto, o livro pode fazer qualquer um se lembrar da sua própria infância. Porque, apesar de hoje em dia os brinquedos e brincadeiras serem muitos mais tecnológicas, a maneira como uma criança vê o mundo continua sendo a mesma.
Leiam e divirtam-se demais!
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