segunda-feira, 10 de março de 2014

Eu vi - 12 Anos de Escravidão

Nome original: 12 years a slave
Direção: Steve McQueen
Gênero: Drama
Ano: 2013
Duração: 133 min
País: EUA

O filme é o grande queridinho do momento e dividiu opiniões dos meus amigos, fiquei na dúvida de em quem acreditar. Admito que esperava apenas mais um filme que fala sobre os abusos da escravidão, com clichês mais do que batidos. Em alguns momentos até achei que é isso mesmo que acontece. Já em outros, o filme consegue ser tão intenso e sensível que, no final das contas, entrei para o time dos que acharam o filme realmente muito bom e que trata o tema de uma forma diferente e um pouco perturbadora (houve cenas em que fechei meus olhos).
Mas se engana quem pensa que o filme só faz uso da violência para mostrar os absurdos da escravidão, as cenas violentas são sim fortes e têm sua importância na trama, mas há outras sutilezas que denunciam todas as atrocidades cometidas contra os negros nesse período nefasto da humanidade. A tortura psicológica talvez seja a maior delas.
O filme conta a história real de Solomon Notrhup, um negro do século XIX que nunca havia experimentado a escravidão e que é sequestrado e vendido como escravo. Durante 12 anos, Solomon, que passa a ser chamado de Platt, vive como escravo em uma fazenda de algodão na Louisiana, com um senhor de escravos bastante severo e cruel.
Doze anos de escravidão me deixou perturbada de uma forma mais intensa que outros filmes escravidão/sofrimento talvez por conta da maneira como mostra a objetificação do negro. Para os senhores de escravos do filme, os negros não passam de reles propriedades sobre as quais eles tem todo o direito de fazer o que quiser, de uma forma que não me imagino fazendo nem com um livro meu. Eu talvez tenha mais pena de maltratar um objeto meu, do que aqueles senhores de escravos tinham com suas propriedades. O filme de McQueen mostra isso de forma bem realista incômoda.
Para mim, o filme vale a fama que tem.

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